360 Graus

Finalmente Leão sai da jaula e entra na cova

por Matheus Sukar



“Aleluia! Aleluia!”, a sinfonia de George Handel, do século XVIII, está sendo cantada até agora pelos jogadores, torcdores, dirigentes e comissão técnica do Sport

Quem imaginaria... Eram cinco jogos, um total de 15 pontos a serem ganhos pelo time do Sport, mas pra que tanto? Para se classificar, o Leão precisava apenas conquistar 7 pontos, e dessas partidas, três seriam em casa, com o apoio da torcida. Fácil, para quem chegou até as semi-finais da Copa do Brasil, derrotando times de primeira divisão como os Atléticos do Paraná e de Minas Gerais.

Só que – por mais imbecil que esta afirmação venha a ser – a Copa do Brasil não é a mesma coisa do Brasileiro Série B. Os times são diferentes daqueles que participam da competição do primeiro semestre: inferiores tecnicamente e grandes psicologicamente. Além de que a própria equipe rubro-negra teve uma grande desmotivação ao cair fora da Copa. Sendo assim, a missão que a situação foi ficando tão complicada, que nenhum torcedor rubro-negro tinha certeza da classificação. O Sport só conseguiu passar à próxima fase da Segundona na última rodada (27/09), na Ilha do Retiro, sobre a fraca Portuguesa, liderada pelo treinador Heriberto da Cunha, que foi dispensado pelo Náutico no final de julho. Só para constar em registro, Heriberto formou meio-campo com Capitão, que ainda joga, banguelo e de bengala, na Lusa paulista – dizem que Capitão tem mais de 90 anos, eu prefiro nem arriscar.

No primeiro tempo, o Sport lembrou aquele time que empatou em casa contra a Anapolina e o América/MG. Conseguiu fazer um gol no belo drible elástico do atacante Weldon – à la Romário, quando jogava no Flamengo, em cima de Amaral, palo Corinthians, no Torneio Rio-São Paulo -, e no toque para o meio da pequena área, onde se apresentou Adriano Chuva para balançar as redes e fazer, Sport 1, Portuguesa 0.

Na segunda etapa, o Leão lembrou o time da Copa do Brasil e a Portuguesa nos trouxe a saudade aquele time vice-campeão Brasileiro da Primeira Divisão, comandado por Rodrigo Fabri – e onde atuava o mesmo Capitão (???).

O time da casa ainda conseguiu um pênalti bem marcado sobre Adriano Chuva. Detalhe, ninguém comemorou antes da cobrança de Cléber, porque os últimos três pênaltis apitados a favor do Sport foram perdidos. Mas o meia rubro-negro marcou e matou o jogo em 2x0 para o Leão.

Com a vitória e a conseqüente classificação do Sport, são três os clubes pernambucanos na fase final da Série B (ainda tem Náutico e Santa Cruz). O Rubro-negro ficou no grupo de Palmeiras, Brasiliense e Santa Cruz, e faz o primeiro jogo da segunda fase contra o Brasiliense lá na Boca do Jacaré, em Brasília. Quem comerá quem; o Leão ou o Jacaré? (No bom sentido, claro).


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